QUAL A MELHOR RELIGIÃO?

Indagação realizada pelo teólogo brasileiro Leonardo Boff ao famoso lider tibetano Dalai Lama ensejou resposta que coincide com o ensinamento espiritual.

O escritor e filósofo Leonardo Boff não conteve sua curiosidade e indagou a Dalai Lama qual seria a melhor religião, ouvindo de pronto: "A que melhor te faz..."

O episódio não é recente e tem sido muito divulgado, pois é real e jamais se desatualisa. O ex-frade franciscano Leonardo Boff, líder da chamada Teologia da Libertação, filosofia com que se tornou dissidente da igreja Católica, participava de uma mesa-redonda que debatia a paz no mundo e as religiões do planeta. Desse encontro também fazia parte o mundialmente famoso líder do Tibet, o monge Dalai Lama. Durante um intervalo dos debates, Boff aproximou-se do monge tibetano e fez uma pergunta inesperada, movido por uma incontida curiosidade:

- Santidade, qual a melhor religião?

Dalai Lama fixou os olhos bem a fundo nos olhos de seu interlocutor, esboçou um leve sorriso e repondeu, sem muito exitar: "A MELHOR RELIGIÃO É AQUELA QUE TE FAZ MELHOR."
Para sair da perplexidade diante de tão sábia resposta, conforme desabafou o próprio Boff, ele voltou a perguntar: "O que me faz melhor?" Dalai Lama respondeu sem muito pensar: "AQUILO QUE TE FAZ MAIS, AQUILO QUE TE FAZ MAIS SENSÍVEL, MAIS DESAPEGADO, MAIS AMOROSO, MAIS HUMANITÁRIO, MAIS RESPONSÁVEL... A religião que conseguir fazer isso de ti é a melhor religião..."
Sábia resposta, comemoraram os espíritas e adeptos de quase todos os principais credos do planeta. Na verdedade, o monge tibetano oferecia ao planeta mais que uma resposta; oferecia um legado de sabedoria e profundidade posto que a religião, serva, propriamente dita, uma criação dos encarnados, enquanto a revelação divina independe de religião.

A lição de Dalai Lama contém um ensinamento que a literatura Espírita jamais negou, pois o que salva o homem não é a religião, mas a caridade, que pressupõe transformação moral, reforma íntima, vivência plena das virtudes apregoadas pelo Evangelho de Jesus. Afinal, disse certa vez o tribuno Divaldo Pereira Franco: "o que credencia o indivíduo no reino dos Céus não é uma religião, mas a sua tranformação moral."

Verdade que ainda não clareou a mente de muitos crentes, ainda apegados a chavões religiosos medievais, é preciso, segundo nos ensina a literatura espírita, muito tempo e bastante aprendisado para que se alcance a hora do conhecimento do que é verdadeiro. O Evangelho Segundo o Espiritismo contém oportuna mensagem a esse respeito quando esclarece: "É de causar admiração diga Jesus que a luz não deve ser colocada debaixo do alqueire, quando ele próprio constatemente oculta o sentido de suas palavras sob o véu da alegria, que nem todos podem compreender. Ele se explica dizendo a seus apóstolos: 'Falo-lhes por parábolas, porque não estão em condições de compreender certas coisas. Eles vêem, olham, ouvem, mas não entendem. Digo-vos, porém a vós, porque dado vos foi compreender estes mistérios'. Procedia, portanto, com o povo, como se faz com crianças cujas idéias ainda se não desenvolveram."

Daí porque o cientísta espírita Jorge André dos Santos nos diz que "no futuro, teremos uma só religião, que se vai chamar fraternidade". tempos para o pleneta de regeneração, que já aponta no horizonte, embora não saibamos quando, propriamente dito, se iniciará essa nova fase na vida dos terráqueos.

Fonte retirada da Revista do Espitismo pág. 27. jun/jul/2010.

"A LUZ DA SABEDORIA PRESSUPÕEM UMA LONGA VIAGEM DE APRESENDIZADO NO TEMPO"